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Dólar inicia semana com alta de 0,5% e fecha a R$ 4,10



O dólar comercial teve alta de 0,46% nesta segunda-feira, 9, negociado, em média, a 4,10 reais para a venda. O aumento da moeda americana frente ao real se deve aos reflexos ocorridos no exterior, com os investidores atentos às políticas monetárias do bancos centrais ao redor do mundo, principalmente no que diz respeito ao corte de juros. O receio de uma recessão global induz os investidores a serem prudentes e a apostarem no dólar, que é um ativo considerado mais estável, retirando, assim, os investimentos em países emergentes.


Na Europa, as expectativas foram mais cautelosas em relação ao Banco Central Europeu (BCE), que não deve mais anunciar o arrojado projeto de estímulo monetário prometido anteriormente. “Os olhos estão voltados para o BCE, cuja decisão final sobre o plano de política monetária será feita na próxima quinta-feira. A dúvida sobre as medidas que serão tomadas fez com que o dólar ganhasse força em relação ao real”, diz Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.


O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira com valorização de 0,24%, fechando aos 103.180 pontos. O índice foi influenciado pelos mercados internacionais, que, apesar da temeridade de uma recessão econômica, enxergaram com entusiasmo a superação de expectativas das exportações da Alemanha. Além disso, a China deve anunciar mais estímulos cambiais nos próximos dias para compensar a queda no comércio causada pela guerra comercial travada com os Estados Unidos.


No Reino Unido, informações sobre o crescimento além do esperado da economia britânica em julho foram reveladas nesta segunda-feira pelo Escritório de Estatísticas Nacionais, amenizando as preocupações com uma possível recessão técnica. “O mercado permanece atrelado ao cenário externo, com operadores cautelosos até o retorno das negociações entre Estados Unidos e China, que deve ocorrer no início de outubro, e aguardando cortes nos juros pelo Banco Central Europeu e pelo Federal Reserve”, afirma Pedro Nieman, analista da Toro Investimentos.

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